O FIM DO CICLO “Relação Bumerangue”
- 2011-03-30
- By admin
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O FIM DO CICLO “Relação Bumerangue”
Relações que acabam e recomeçam num ciclo vicioso podem ser muito dolorosas e desgastantes. Então, porque continuamos a insistir?
POR SORAIA ESTEVES; Revista COMOPOLITAN
Quando Kety Pery cantou “We fight, we break up, we kiss, we make up,” estava certamente a referir-se às “relações bumerangue”. Conheces este tipo de relação? Aquela que, ora voltas para ele, ora se separam e terminam… uma armadilha da qual parece que não consegues sair. Ele é o homem para quem acabas sempre por voltar, mesmo que tenhas a certeza de que não devias. “O amor “bumerangue” catapulta-nos para fora da nossa relação, depois damos a volta e voltamos ao mesmo, “diz Lynn Melville, autora do livro Breaking free from Boomerang Love. “Deixamos a relação dolorosa, depois voltamos, depois deixamos, depois voltamos para a relação e este ciclo vicioso repete-se sempre.”
MAS ELE MUDOU…
Segundo um inquérito Cosmo feito na internet, mais de 70 por cento das mulheres já estiveram presas a uma “relação bumerangue” em algum momento das suas vidas. Mas, se a relação é realmente tóxica, porque é que voltamos atrás? Talvez o sexo seja muito bom, talvez vivam juntos ou penses que será muito doloroso terminar tudo. Aproximadamente metade das mulheres que participaram no inquérito continuam presas à relação que não é saudável porque acreditam que “as coisas vão melhorar”, enquanto 25 por cento responderam que é porque “ele prometeu mudar”. A autora diz que é muito fácil ficar cega pela esperança. “isto é a “prisão” de uma “relação bomeramgue”, a esperança que desta vez as coisas vão mudar e não nos vamos magoar… outra vez.”
Apesar das mil e uma desculpas que as mulheres inventam, o medo de ficar sozinha é recorrente e é isso que as faz voltar para a relação. A directora da Clínica INSIGHT e psicoterapeuta de casais (www.terapiadecasal.com), Celina Coelho de Almeida, explica: “Para muitas mulheres, é difícil estar sozinha, preferindo uma relação pouco satisfatória e com pouco envolvimento, do que lidar com a falta de uma relação. Quando as mulheres se encontram numa relação deste género é sinal da sua incapacidade para lidar com a perda”. Por pior que seja a relação, o seu fim desperta sempre um sentimento de perda. Demora algum tempo até que consigas reconstruir a tua autoestima, até que te valorizes e amadureças antes de perceberes que é preferível estar sozinha do que com a pessoa errada. “A expressão ‘mais vale só do que mal acompanhada’ só é válida para pessoas seguras, que confiam em si próprias, que gerem saudavelmente as perdas e que conseguem canalizar o sentimento de perda para outros objectivos”, afirma a psicoterapeuta.
ACABOU TUDO (DE VEZ)!
Pode ser complicado escapar à “rotina bomeramgue”, mas é possível! Segundo a especialista, “Não é procedimento fácil, sobretudo porque quando estamos perante uma relação com este padrão, ambos contribuem para que o mesmo se mantenha. No caso dos casais que procuram terapia a dois, um dos principais objectivos é ajudar a perceber qual é o papel que cada um desempenha e de que modo contribuem para mantê-la nestes moldes. Cada vez mais os casais procuram ajuda especializada para poderem sair de um impasse”. Da próxima vez que terminares a relação, experimenta escrever num papel todas as coisas que correram mal e que te fizeram infeliz. Regista também o apoio que recebeste de familiares e amigos. Assim, quando pensares em ter outra recaída, podes recorrer a essa lista para te consciencializares de que não deves voltar à mesma rotina. Segue o conselho da psicoterapeuta: “Em termos gerais, devemos pensar e tentar identificar o impacto emocional que esta relação tem (Preenche-me? Temos cumplicidade? Posso com esta pessoa? Temos coisas muito boas, mas que são ofuscadas pelas negativas…?). Normalmente ajuda a distanciarmo-nos do problema, refletindo nele como forma de encontrarmos novas abordagens.”
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Posso afirmar que realmente não é facil sair duma relação destas. Mas também sei o quanto é péssimo para a nossa saúde mental e auto estima.
Já agora gostaria de dizer que gostei das opiniões da terapeuta Celina Almeida. Bom artigo.
Eu estou presa em um relacionamento assim faz anos, porém é pura traição , eu não entendo como eu sinto falta dele e nem o por que de não terminar, porém se eu termino fico em estado depressivo.
Será que deveria procurar ajuda ?
Cara Carol,
Toda e qualquer pessoa deve, para ser feliz, procurar a sua autonomia. Uma relação só pode ser equilibrada quando ambos se respeitam e querem estar na relação. Se um dos elementos procura outras relações (e o faz de forma continuada) está a provocar um desiquilibrio na relação. Quanto a si, o facto de se sentir presa ou com receio de entrar em depressão é motivo suficiente para que procure ajuda psicológica.
Obrigado pelo seu contacto e felicidades